quarta-feira, 13 de maio de 2009

Barriga de aluguer - certidão de nascimento


Editorial: O dia da mãe de todas as liberdades 03.05.2009 - 17h02 Nuno Pacheco
Comentário publicado no Público 04.05.2009 - 11h53 - armandina maia, Lisboa, Portugal

Em primeiro lugar, uma (pequena) correcção: a liberdade em si é a maior conquista do homem. O Jornalismo é um pilar dessa mesma liberdade. Falo aqui de Jornalismo. Não necessariamente de quem o faz em campos de batalha, mas dos poucos que ainda o fazem com espírito de missão. Não implica isto que se tenha de ser linear e "básico" no que se descreve. Um Jornalista reescreve o que acontece. Ilumina os outros com o seu relato. Acrescenta-lhes mais qualquer coisa.
Claro que o Jornalismo não escapou ao assalto do patronato do vale-tudo. E foi pena. Porque acomodaram-se tanto, vestiram tantas camisolas que, a certa altura, já não sabemos o que é de quem .
Um Jornalista TEM de ser capaz de denunciar o caminho do facilitismo, do sangue fácil, do fait-divers. Ou então, assume-se como mais um carneiro do rebanho. É a isso que temos vindo a assistir, em espaços de audiência em que se espraiam os egos, as ideologias e até, às vezes "os mandantes" que lhes pagam as cabeças formatadas. Triste feudo este! A tal mãe de todas as liberdades pouco mais é agora do que uma barriga de aluguer.
Mas há Jornalismo diferente? Claro que há. Basta olhar bem à nossa volta. Ou dar um salto aos jornais desta europazinha onde vivemos.

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