terça-feira, 30 de junho de 2009
sábado, 27 de junho de 2009
Ainda e sempre, a luz de presença
Mas estão sempre lá. Como uma luz de presença.
domingo, 14 de junho de 2009
Paolo Rossi, o medo fica sempre à porta
Por outras palavras: Berlusconi comprou tudo e todos. Resultado: Palo Rossi não terá mais trabalho no Canal 5. De facto, Rossi tem quase todos os espectáculos censurados nas televisões italianas. Mas os espectáculos continuam, em salas a abarrotar.
Beppe Grillo - jonalismo: verdade e servidão
Em poucas palavras: não há jornalistas bons ou maus. Há homens que dizem a verdade e os servos....
sábado, 13 de junho de 2009
sexta-feira, 12 de junho de 2009
quinta-feira, 11 de junho de 2009
quarta-feira, 10 de junho de 2009
Con-decorações e condecorações
Os "bons ofícios" da presidência
(Em)préstimos dos blogues - Sobre a pálpebra da página
«… as lembranças de Sião
e quanto nela passei.
Ali, o rio corrente
de meus olhos foi manado,
e, tudo bem comparado,
Babilónia ao mal presente,
Sião ao tempo passado.»
publicado por Carlos Sousa Almeida
Sobre a pálpebra da página http://casoual.wordpress.com/
(Em)préstimos dos blogues - Prazer Inculto
(Em)préstimos dos blogues - Da Literatura
(Em)préstimos dos blogues - Caminhos da Memória
Desde 1978 que não é Dia da Raça e, para além de Portugal e de Camões, passou a festejar-se também as Comunidades Portuguesas. Mas continua a haver condecorações – outras, evidentemente, por motivos totalmente diferentes e por razões certamente muito louváveis. Talvez fosse no entanto possível ter escolhido outro dia para as distribuir, já que, no meu entender, é quase inevitável associar qualquer distribuição de medalhas neste dia às trágicas imagens do Terreiro do Paço em tempo de guerra nas colónias.
Ler texto integral aqui
(Em)préstimos dos blogues - Azinhaga da Cidade
Depois de o neo-liberalismo selvagem ter provocado uma das mais terríveis crises financeiras e económicas globais de que há memória, ainda temos de viver numa Europa de direita?
Mas que merda, não?!
(Em)préstimos dos blogues - avenida da salúquia, 34
A falha é minha, admito-o. Mas só agora me dei conta que o cabeça de lista do PNR às eleições europeias era o Humberto Nuno. Nos tempos de faculdade era um moço cordial e simpático, que tinha a particularidade de falar sempre num tom de voz desajustado, como se tivesse o botão do volume avariado. Mesmo que fosse só para dizer bom-dia. Encontrei-o há uns 7 ou 8 anos. Continuava simpático e a falar altíssimo.
Nessa altura - reporto-me ao longínquo ano de 1982 - era de extrema-esquerda e usava uma boina à Che. Com estrelinha e tudo. Depois passou rapidamente para a extrema-direita. Deve ser uma questão de apego às laterais, como no futebol...
segunda-feira, 8 de junho de 2009
(Em)préstimos dos blogues - O Bacteriófago
1. Manuela Ferreira Leite, Paulo Rangel e o PSD: Conseguiram segurar o partido e levá-lo a um resultado eleitoral de excepção face às sondagens. Não responderam à letra aos dislates de Vital Moreira. Souberam ser pacientes, exploraram o descontentamento com conta, peso e medida e souberam centralizar o discurso, desvalorizando as intervenções pessimistas de alguns opositores internos. Foram os únicos que acreditaram e o eleitorado recompensou-os por isso.
2. Bloco de Esquerda: A agressividade discursiva continua a dar frutos em alturas de acentuada crise. O desacerto de algumas políticas socialistas, as intervenções infelizes de dois ou três ministros, a falta de resposta atempada aos problemas por parte do Governo, a forma como o grupo parlamentar do PS se tem comportado em questões decisivas para o interesse nacional (offshores, Europa, impostos, rendimentos do mercado de capitais, justiça, banca) e o modo como se lidou com Manuel Alegre e as críticas que vinham de dentro, deram-lhes a oportunidade de brilhar. Teve mérito indiscutível, mas contou com a ajuda da crise. No Algarve teve um resultado histórico. A crise instalou-se a Sul.
3. Paulo Portas e Nuno Melo: Contra ventos e marés seguraram o partido sozinho. No parlamento e fora dele mostraram serviço. Falam uma linguagem clara e directa, embora com laivos populistas e apoiada na ignorância de vastos sectores do eleitorado. O seu resultado vai moderar as expectativas do PSD para Outubro.
4. Manuel Alegre: Sem ir a votos, mostrou de que lado estava a razão dentro do partido. Manteve-se sereno e ontem quando foi ouvido pela comunicação social manteve a elevação não pedindo a cabeça do primeiro-ministro.
OS DERROTADOS:
1. José Sócrates e Vital Moreira: Ignoraram todos os sinais que vinham da sociedade, mantiveram um discurso para idiotas, convencidos de que a propaganda faria o resto. Esqueceram-se de que as pessoas têm sentimentos, pagam impostos e não suportam a teimosia arrogante. As declarações de ontem mostram que não querem entender o resultado. Insistem em fazer uma destrinça que o eleitorado não faz. Se o resultado não é um cartão rosa ao Governo é o quê? O resultado do mau desempenho dos parlamentares europeus do PS? Não sejamos ridículos.
2. Partido Socialista: Desconsiderou militantes, ostracizou os críticos, estalinizou-se. Os dirigentes continuam a falar sozinhos. A política de clã, o seguidismo militantemente acrítico e a aposta na infalibilidade dos dirigentes, trazida pelos ex-comunistas, foi agora posta a nu. A democracia e a renovação não se fazem com yes men, com as palmadinhas de Chávez ou o destrabelhamento discursivo de alguns ministros e dirigentes nacionais. Se depois do resultado de ontem tudo ficar na mesma até Outubro é sinal de que José Sócrates quer sair da política para descansar à sombra dos seus quatro anos de governação. Vara, Coelho e Gomes terão então o parceiro que lhes faltava para a sueca.
3. Jerónimo de Sousa e o PCP: Segurar o eleitorado pode parecer uma vitória. Mas quando se levou os últimos meses, oportunisticamente, à porta das fábricas e das escolas e a organizar manifestações contra o Governo, tentando comandar o descontentamento popular, para se acabar atrás do Bloco de Esquerda que há dez anos não tinha nem 2% dos votos, isso só pode ser visto como uma derrota. Se o PCP e os seus apêndices tivessem sido capazes de capitalizar as críticas ao Governo vindas dos sectores de esquerda descontentes com o PS poderia ter tido um resultado histórico. Como esses votos foram direitinhos para o Bloco de Esquerda, os dirigentes comunistas agora limitam-se a roer as unhas em silêncio e a fazer de conta que tiveram um grande resultado.
4. PSD Algarve: O PS perdeu no Algarve cerca de 30 mil votos, mas estes não foram para o PSD. É isto que os seus dirigentes não conseguem explicar quando proclamam vitória. E não conseguiram ganhar em Vila do Bispo, onde são poder, em Lagos e em Portimão.
5. PS Algarve: Miguel Freitas terá de rever estratégias. Perder 30 mil votos em quatro anos não é culpa do atraso na regionalização. A hecatombe nacional e a crise não explicam tudo.
Partido Pirata sueco entra no Parlamento Europeu
Formação ligada ao Pirate Bay terá 7,1 por cento dos votos
O Partido Pirata, que defende a abolição dos direitos de autor e a liberdade na Internet, conseguiu 7,1 por cento dos votos nas eleições europeias na Suécia, segundo resultados parciais, e será então representado por Christian Engstrom no Parlamento Europeu. Os sociais-democratas que lideram a oposição ficaram à frente nas eleições suecas com 27,9 por cento dos votos (tinham conseguido 24,6 em 2004), enquanto o principal partido da coligação de centro-direita no poder, Moderados, teve 15,9 por cento dos votos, um mau resultado tendo em conta os 18,3 por cento alcançados em 2004, segundo resultados provisórios. (...)
sábado, 6 de junho de 2009
Viagem ao coração dos homens
Malhas que o império tece
domingo, 31 de maio de 2009
BI e BI -Banco Insular e Bilhete de Identidade
O direito à indignação já foi utilizado para muita coisa em Portugal. Desconfio que vai ser também usado para o que já se passou (e o que não se vai passar...) com o BPN. Vamos por partes. Passei alguns dias a rever as audições mais importantes deste caso: a memória humana é curta e aquilo que ontem nos indignou tende a esbater-se com o tempo. No final tirei a amarga conclusão de que nunca assistimos a tanta falta de vergonha: gente que não se lembra de nada (apesar de as operações terem passado sob o seu nariz); gente que "confundiu" BI (de Banco Insular) com Bilhete de Identidade; gente que não sabia para que servia o fundo que geria; luvas e comissões pagos a "comissárioes políticos"; off-shores que lavavam dinheiro...
E agora, perguntamos todos? O que se vai passar? As autoridades, que têm material suficiente para meter alguns "santinhos" atrás das grades, vão levar o caso até ao fim? E os tribunais vão bater forte e feio? Ou vamos prolongar esta telenovela para que a indigação colectiva se esbata, deixando os criminosos "get away with it"? Portugal é um país do qual podemos esperar tudo (basta olhar para o passado recente). Só que desta vez a culpa não pode morrer solteira. E não é apenas pelos 2 mil milhões de euros que nos vão sair do coiro. Ai não é, não!
P.S. - A SLN quer 400 milhões de euros pela nacionalização do BPN. Há gente que não se enxerga: não fiscalizaram a administração e ainda querem que o dinheiro dos impostos pague a sua irresponsabilidade?
sábado, 30 de maio de 2009
Descubram as semelhanças!
Nell’aprile scorso ventuno fra mafiosi e trafficanti di droga (ovviamente «presunti») sono stati scarcerati per la scadenza dei termini di custodia cautelare prevista a decorrere dalla lettura della sentenza di primo grado. Termini scaduti perché il magistrato, Rosa Anna De Palo, che aveva giudicato con rito abbreviato quei ventuno (presunti) delinquenti non è stata in grado di scrivere e quindi depositare la sentenza entro la scadenza prevista: quindici mesi. Quattrocento e cinquanta giorni. (...)
Non dico tanto, ma noi popolo ad Anna Rosa De Paolo avremmo almeno tirato le orecchie. Pertanto, al prossimo caso di grave negligenza d’un magistrato se il Csm dovesse insistere con la manica larga, con la remissione, noi popolo preferiremmo tenercene fuori. In sostanza, non nel nostro nome. Cosa vostra.
Paolo Granzotto
Por outras palavras
Uma juíza deixou em liberdade 21 mafiosos e traficantes, por ter prescrito o tempo previsto para elaboração da sentença: 15 meses, 450 dias. Nós, o povo, por agora puxamos as orelhas. mas, no próximo caso de NEGLIGÊNCIA GRAVE, se o Conselho Superior de Magistratura insistir na atitude de mãos largas , nós, o povo, preferimos ficar de fora. COSA VOSTRA.
A todos o que é de todos (a apetência "súbita" pelas europeias)
A eurodeputada vai manter o seu ordenado actual, recusando o novo estatuto remuneratório. E desafia deputados dos outros partidos a fazerem o mesmo.
A cabeça de lista da CDU, Ilda Figueiredo, declarou hoje que vai manter o seu salário como eurodeputada, depois das eleições, recusando o aumento previsto pelo novo estatuto remuneratório dos deputados em Bruxelas. “Declaro que vou continuar a receber o mesmo salário, não vou aceitar o aumento.”
(...) a candidata comunista lembrou que “os deputados do PCP votaram contra este novo estatuto”.
O texto aprovado (...) prevê um salário igual para os eurodeputados dos 27, independentemente do seu país de origem, ao contrário do que se passava até agora, em que eram remunerados de acordo com o ordenado dos seus pares nos parlamentos nacionais. Os deputados que forem reeleitos podem optar por manter o salário ou actualizar para os novos valores. (...).
sexta-feira, 29 de maio de 2009
As eleições europeias parecem um concurso da Eurovisão
Portas recusa entrada da Turquia e de Israel na UE
quinta-feira, 28 de maio de 2009
(Em)préstimos dos blogues [4 the fun]
quarta-feira, 27 de maio de 2009
sábado, 23 de maio de 2009
Júdice versus Marinho ou ainda velho ódio da classe dominante...
"Vossa excelência pode mandar-me calar, mas eu não me calarei. Só sairei daqui quando terminar o que tenho para dizer. Só sairei daqui sob prisão ou à força". José Miguel Júdice respondeu, assim, ao presidente do Conselho Superior (CS) da Ordem dos Advogados (OA) quando este o avisou de que apenas disporia de 30 minutos para alegar em sua defesa, no âmbito dos dois processos que lhe foram instaurados . Trinta minutos depois de ter iniciado as suas alegações, o presidente do CS, Laureano Santos, perguntou-lhe se concluiria nos próximos dez minutos. Júdice respondeu que não e os 16 conselheiros ausentaram-se do salão nobre, onde decorreu o julgamento.
O ex-bastonário não se desconcentrou e continuou a sua defesa, falando para cadeiras vazias, por mais duas horas.
Antes, o relator dos processos, Alberto Jorge Silva, apresentou a acusação durante três horas. Muitos dos advogados presentes, a esmagadora maioria apoiantes do ex-bastonário, consideraram de imediato que qualquer decisão que o Conselho venha a tomar será ilegítima. Porque não foi respeitada a igualdade de armas e os direitos da defesa.
Júdice é acusado, no âmbito do primeiro processo, de ter solicitado clientes, a partir de uma entrevista, que em Abril de 2005 deu a um jornal e na qual defende que o Estado, sempre que necessita de advogado, deve contactar as três maiores sociedades de advogados do país e, nomeadamente a sua, por ser a melhor. O relator da segunda secção, que apreciou o processo, pediu o arquivamento, considerando que o ex-bastonário "não tinha consciência da ilicitude". O segundo processo surge na sequência do primeiro e diz respeito ao facto de José Miguel Júdice ter afirmado que pensar-se que estava a solicitar clientes era completamente "absurdo" e "idiota". Por causa destas declarações e de outras que os conselheiros consideraram prejudiciais para o prestígio do CS, o relator pede quatro meses e 15 dias de suspensão da actividade.
Nas suas alegações, Júdice foi irónico q.b. e desafiou os conselheiros a expulsarem-no da ordem, já que o consideram "inimputável". "Peço encarecidamente que me condenem!", desafiou, referindo-se ao arquivamento do primeiro processo, mas sem deixar de se virar para o relator, Alberto Jorge Silva, acusando-o de "não ter condições éticas, psicológicas ou jurídicas para julgar uma manada, quanto mais um advogado". Júdice diz-se alvo de um processo por "delito de opinião" e de "perseguição política", por parte do CE.
"Acuso-vos", disse Júdice, por diversas vezes, afirmando que a atitude do CS desprestigia, ela sim, a OA. "Amo a minha profissão e a minha Ordem, não vos admito que me digam que a ofendi", gritou, já no final, comovido, e a declamar Manuel Alegre "Não há machado que corte, a raiz ao pensamento, porque é livre como o vento, porque é livre."
Autárquicas: escolher de entre os homens
Moura Guedes 0 – Marinho Pinto 1
A “entrevista” de Manuela Moura Guedes ao bastonário dos advogados, Marinho Pinto, que acabou de acontecer ao vivo, a cores e a quatro dimensões, foi um momento antológico da televisão nacional. A pivot do telejornal tablóide confirmou o seu proverbial péssimo profissionalismo, prestou, como é hábito, um péssimo serviço ao jornalismo nacional e levou em troca um raspanete mais do que merecido de um homem que não leva desaforos para casa.
As “reportagens” que antecederam a entrevista já deixavam antever o tom rasca, persecutório e moralista que se seguiria em estúdio e Moura Guedes teve o que merecia, levou nas orelhas, ouviu verdades que não esperava e meteu a viola no saco. Um grande aplauso para o bastonário, homem frontal e corajoso que algum establishment causídico está a tentar afastar da ribalta. Ou muito me engano, ou como no caso de Moura Guedes, vai-lhes sair o tiro pela culatra…
Não perca os comentários aqui
Maio 22, 2009 por joaopc
sexta-feira, 22 de maio de 2009
Alguém sabe qual é o "segredo" de Berlusconi?
Mas a MFLeite foi com o Pinho e o Pinto à Grécia...
tal como na Itália "ganha" por Berlusconi: a cada um o seu pedacinho
quinta-feira, 21 de maio de 2009
Paraísos da alta "finança" frequentado por gente SÉRIA
Bilderberg 2009: Manuela Ferreira Leite e Manuel Pinho
João Bénard da Costa (1935-2009)
João Bénard da Costa, presidente da Cinemateca, morreu hoje em casa aos 74 anos.
João Bénard da Costa, que foi subdirector da Cinemateca Portuguesa desde 1980 e director de 1991 a 2009, foi substituído na direcção da Cinemateca Portuguesa em Janeiro último por Pedro Mexia devido a problemas de saúde.
Nascido em Lisboa em 1935, João Pedro Bénard da Costa, licenciado em Ciências Histórico-Filosóficas, foi um dos fundadores da revista 'O Tempo e o Modo', dirigiu o Sector de Cinema do Serviço de Belas-Artes da Fundação Calouste Gulbenkian e presidia à Comissão Organizadora das Comemorações do Dia de Portugal.
Homem desde sempre ligado ao cinema, João Bénard da Costa dedicou-se ainda à crítica e ao ensaio, tendo participado como actor em vários filmes, grande parte dos quais de Manoel de Oliveira.
por LusaHoje
Tags: Artes, Cinema
O BE bem pode começar a cortar nas mordomias...p'ra ficar bem na fotografia, claro!
21.05.2009 - 08h15 LusaPortugal e a Europa poderão sair da crise "sobre um enorme cemitério de tragédia social", caso não seja colocada "alguma justiça na economia". O alerta foi deixado por Miguel Portas, que lidera a lista do Bloco de Esquerda (BE) ao Parlamento Europeu, anteontem à noite numa jantar com militantes em Carregal do Sal."Pode sair-se desta crise de duas maneiras: sobre um enorme cemitério de tragédia social ou com alguma decência e respeito pela dignidade humana. Não há terceira opção no meio disto", avisou. Miguel Portas criticou "todos os Governos que em Portugal e na Europa têm tido a responsabilidade efectiva de fazer com que os ricos sejam cada vez mais ricos e que haja cada vez mais pobres". "Tudo o resto decorre disto: saber se as pessoas têm uma vida minimamente digna. Não é uma grande vida, é uma vida decente, que não obrigue o pobre a dizer que o seu inimigo está no pobre ao lado, que não faça do homem o lobo do homem", acrescentou.
Os média mataram a política? (imprensa e imprensazinha)
A quem serve o apagamento de Dias Loureiro?
quarta-feira, 20 de maio de 2009
Gisberta, um adeus português (revisitação obrigatória nos tempos que correm)
Freedom, Barbara Lessing, Jardins de Bagdad, 2004
Foi com grande surpresa que vi erguer-se um muro de silêncio em torno do caso Gisberta. Não sei em que esquinas perdeu aquele ar de quase senhora de que parecia orgulhar-se, o rosto sereno e altivo, rodeado de cabelos principescos, que a fariam passar por uma diva em férias, o ar doce com que se debruçava à janela a falar com avizinha, a quem pintava o cabelo, com as suas mãos de homem que conheciam o fazer das mãos de mulher.
Há hiatos nesta história, mas a Gisberta, um dia, deixou de importar consigo, gastou as botas até ficarem cambadas, abandonou os cabelos que lhe enfeitavam o olhar e passou a andar rente às paredes, para ninguém a ver. Por falta de pagamento, foi andando de quarto em quarto, de rua em rua, de beco em beco, até chegar àquele poço inacabado onde restos de pessoas se acolhiam.
A sua paz não durou muito, porque os "putos" a descobriram e acharam importante mostra-lhes o seu pseudomachismo, cuspir-lhe na cara, usá-la como coisa. Um lixo, comparada com eles, que tinham casa, mesa e roupa lavada. Um lixo que eles nunca haviam de ser, apesar de os pais os terem armazenado naquela casa grande onde sentiam medo e solidão. Um trapo, uma bola de ninguém em que todos podem chutar.
O "verdadeira" óbito dentro do poço é, realmente, de uma exactidão impressionante e hipócrita. Gisberta foi maltratada até à morte, repetidamente, por meninos pequenos com muita morte dentro deles. (Tivesse sido um cidadão português com os impostos em dia, o desfecho do caso teria sido bem diferente, mas, temos de comprender, travesti e brasileiro/a, o que é que nós temos que ver com isso?).
Mas Gisberta não morreu só daqueles maus tratos. Morreu muito antes, numa porta qualquer em que perdeu a esperança. Foi a enterrar com roupagens masculinas, enfiadas à pressa e à força no corpo morto, à mercê da "sociedade" que, todos os dias, continua a passar um apagador nos direitos fundamentais do ser humano.
A espada do rei Salomão
terça-feira, 19 de maio de 2009
Da tal "informação" obscurantista com máscara de rigor
Paradoxal é o facto de este sujeito continuar a dizer o que diz e a escrever o que escreve sem sofrer consequências por isso. Pela minha parte, votei-o à mais completa indiferença (aliás, li a crónica desta semana apenas porque de outro modo não compreenderia a que se referia este post do Jugular, caso contrário, não o faria). Assim sendo, não vejo os seus programas de televisão, não leio o que escreve, não lhe dou a mínima importância.
Mário Crespo integra, em conjunto com todos os indivíduos que se dedicam a comentar online as notícias dos jornais portugueses, uma nova espécie que tem vindo a florescer no nosso país, composta por seres que de cada vez que abrem a boca conseguem a proeza de exibir a mais lastimável das ignorâncias. Ainda por cima, daquelas ignorâncias redutoras, capazes de produzir pérolas como esta: «[sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo e a eutanásia] Duas propostas que em comum têm a ausência de vida. A união desejada por Sócrates, por muitas voltas que se lhe dê, é biologicamente estéril. A eutanásia preconizada por Almeida Santos é uma proposta de morte». Ler texto integral aqui
segunda-feira, 18 de maio de 2009
Filinto Elísio, a crítica acorda (via Lusa/Paris)
Paris, 16 Mai (Lusa) - Filinto Elísio, que se apresentou como "poeta do Mundo e cidadão cabo-verdiano que faz poesia", deu a conhecer sexta-feira a sua nova obra "Li cores & Ad vinhos", nos salões da Embaixada de Portugal em Paris.
Lusa
Paris, 16 Mai (Lusa) - Filinto Elísio, que se apresentou como "poeta do Mundo e cidadão cabo-verdiano que faz poesia", deu a conhecer sexta-feira a sua nova obra "Li cores & Ad vinhos", nos salões da Embaixada de Portugal em Paris.
"O livro tem uma intencionalidade clara que é o de dar uma prenda às pessoas. É um livro que pretende desencravar a beleza nos leitores. Este livro é um clique para os leitores recriarem a poesia, serem co-autores", declarou à Lusa Filinto Elísio, referindo-se a "Li cores & Ad vinhos".
Sem se enquadrar em nenhum movimento literário em particular, e tendo a vida como tema "elástico e híbrido" ao longo da sua obra, o autor considera que é na "cosmovisão poética cabo-verdiana" que se "encerra" todo o seu "criar poético".
"O auto-domínio quase feroz de Filinto Elísio revela-o, sim, como um poeta que sabe do seu ofício mas que, de um modo austero e quase diria monástico, oculta o seu saber para o oferecer à descoberta progressiva e surpreendida dos leitores desprevenidos" escreveu Pedro Tamen, poeta português, na apresentação de "Li cores & Ad vinhos".
Com o lançamento da nova obra de Filinto Elísio a editora Letras Várias reforça a sua aposta no mercado Lusófono.
Carla Fonseca da Costa, da editora Letras Várias, revelou à Agência Lusa que o livro será lançado em Cabo Verde, a 28 de Maio, na Cidade da Praia, sendo posteriormente apresentado em São Vicente (também em Cabo-Verde), em Luanda (Angola), e em São Paulo e Brasília (Brasil).
"Também prevista está a tradução em Italiano" da obra, cujo lançamento será, muito provavelmente, feito ainda este ano", adiantou a responsável editorial.
Admirador confesso da poesia lusófona, Filinto Elísio considera que "se a língua portuguesa é a sexta do Mundo (em numero de falantes), em termos de língua poética está na linha da frente".
"Poucas línguas têm a hipótese de ter um Fernado Pessoa, João Cabral de Melo Neto ou Eugénio Tavares. Temos grandes poetas na língua portuguesa. A dimensão simbólica e poética da Lusofonia é de facto tremenda", afirmou
Para Filinto Elísio é este "espaço linguístico que na sua expansão intangível e generosa, não imperialista, vale a pena continuar a cultivar".
LYG
Lusa